sábado, 3 de setembro de 2011
Nós temos proposta concreta
Na busca de expandir a proposta e aprimorar a compreensão sobre o modelo de tratamento descentralizado de esgotos, o MOSAL já realizou diversas oficinas populares pela cidade.
O mapa acima retrata o resultado produzido pelos seis grupos de trabalho que reuniram ao todo 100 pessoas na I Oficina que aconteceu no Campeche em 2009. Ele evidencia a clara diferença entre o modelo centralizado da CASAN (mapa à esquerda) - contando com recursos do PAC e de vultosos empréstimos externos, e o modelo prospectado pela comunidade, descentralizado, que respeita as micro-bacias hidrográficas, além dos demais condicionantes sociais e ecológicos.
Modelo Centralizado da PMF- CASA- PAC Modelo Descentralizado proposta do MOSAL
1.Desperdício de água na condução de esgoto 1. O ciclo da água é respeitado quando o trata-
e despejo nas águas do mar mento é feito respeitando-se as microbacias.
2. Desrespeita a Lei federal que determina 2. Respeita as microbacias
o tratamento do esgoto dentro das bacias
hidrográficas ( estações elevatórias).
3.Energívoro- alto consumo energético para 3. Econômico e ecológico, muitas das alternativas
o bombeamento e transporte do esgoto. utilizadas não fazem uso de energia elétrica.
4.Controle social dificultado 4. Controle social facilitado
5. Altíssimos custos 5. Muitas das alternativas utilizadas tem baixo
custo além de serem artesanais
6.Não Universalização 6. A descentralização e complementaridade
viabilizam a universalização
7. Não é gerador de renda 7. Gerador de renda- permite a qualificação de mão
de obra para implantação e manutenção das
estações e alternativas, localmente.
8. Antiecológica- lodo produzido tem que 8. Ecológica- Há alternativas que tratam o lodo
ser encaminhado a aterros sanitários. produzido por algumas das alternativas.
Necessidade de emissário submarino que Dispensa emissários submarinos e garante
despejará efluentes nas águas do mar, já não haver despejo de água doce nas águas
sobrecarregado e com vida em declínio. do mar.
Dentre outros.
Outro ponto que pode ser ressaltado, é que o “argumento técnico” no qual se escuda o trio PMF-CASAN-PAC, é falacioso e não resiste à comparação com o modelo descentralizado. Fica claro que não são “quesitos técnicos”, mas sim opções políticas e interesses econômicos que orientam essa conduta. É sempre bom lembrar que a companhia divide generosas bonificações sobre lucros a seus diretores e gasta milhões em “propaganda institucional” na grande mídia - imoralidades diante da situação em que se encontra o saneamento em nosso Estado e na ilha da magia, dando a impressão que há dinheiro sobrando.
Ao divulgar e criticar essas coisas, o MOSAL incomoda a CASAN, seus parceiros e todos aqueles que direta ou indiretamente se beneficiam com esse desastroso esquema.
Mas o MOSAL não só critica - apresenta propostas.
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