quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

ETE POTECAS


Mau cheiro e incertezas cercam os moradores de Potecas

A não conclusão da obra nos quatro tanques da estação de tratamento de esgoto preocupam moradores, principalmente por conta da saúde

imgCarol Ramos
@carolramos_ND
SÃO JOSÉ

Apesar da expansão imobiliária, o bairro Potecas, em São José, é marcado pela aflição diária causada pelo mau cheiro e discriminação, advindos com a instalação da estação de tratamento de esgotamento sanitário, construída na comunidade há cerca de 20 anos. Desde então, os moradores têm esperado a finalização da obra, de responsabilidade da Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento), para tentar minimizar os problemas e viver com mais orgulho do lugar onde moram.
O presidente da Associação de Moradores de Potecas, Zulmar Kamers, reclama do atraso na cobertura dos quatro tanques onde são tratados os materiais, captados de aproximadamente 40% das casas de São José e de outras cidades da região. “O recurso veio através do PAC, no valor de R$ 5 milhões, e era pra ter concluído a obra há dois anos. Até agora não investiram nada em redução de odores”, conta. Kamers reclama também da ausência de uma contrapartida da Casan, para compensar os danos causados ao bairro, aonde o cheiro chega a atingir um raio de até cinco quilômetros.
“A Casan podia muito bem investir em creche e área de lazer, além de terminar a contenção do rio Potecas, que já mudou de curso três vezes. Eles têm que revitalizar e arborizar a margem do rio”, comenta.  Vizinha da estação de esgoto, Adésia Lealdina Silva, 45, se preocupa principalmente com a saúde da família. “Minha mãe é idosa e tem bronquite, com o cheiro que entra em casa ela piora mais ainda. Sem falar que as bijuterias e fechaduras das portas escurecem por conta do gás metano, que também é cancerígeno”, adverte a professora.
Solução em até 90 dias
De acordo com o gerente de construção da Casan, Fábio Krieger, o atraso na obra se deu por conta da necessidade de um ajuste no projeto de cobertura dos tanques, que será concluído em até 90 dias. “Estamos fazendo um reforço estrutural para colocar a cobertura e finalizar a construção nos quatro reatores. Com isso, o gás metano ficará preso ali e será queimado”, explica. A expectativa é de que em no máximo seis meses o mau cheiro seja nulo.
Krieger informa que o projeto de revitalização do entorno do rio Potecas está em análise na Fatma (Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina) e que em breve a mata ciliar no local será recuperada. Quanto à contrapartida ao bairro em obras públicas, “não foi ajustado nada com a comunidade de construção de área de lazer, nem outra obra em Potecas”, informou.
Publicado em 28/05-09:01 por: Carol Ramos. 
Atualizado em 05/12-21:23

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