quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

ETE POTECAS 2





29/08/2012 - ETE Potecas de São José/SC
Autor: Dr. Aldo Leão Ferreira Filho

Os graves problemas com o saneamento básico em Santa Catarina, não são exclusividade da Capital Florianópolis.
Segundo o relatório de vistoria e fiscalização nas estações de tratamento de esgoto da CASAN emitido em 29/6/12 pela Fundação do Meio Ambiente – FATMA do Estado de Santa Catarina, existem graves danos e crimes ambientais cometidos pelos gestores da CASAN, desta feita, na Estação de Tratamento de Esgoto Potecas – ETE POTECAS, localizada no município de São José/SC, no bairro de mesmo nome.
Na fiscalização realizada na referida ETE, nos dias 29/3/12 e 22/06/12, foram constatados diversos problemas, entre os quais podemos citar: a falta de licença ambiental de operação; a ocorrência de maus tratos a animais (cavalos bebendo esgoto?!!!); a contaminação do solo por efluente não tratado (tratamento preliminar); ausência de manutenção corretiva e preventiva na estação; falta de procedimentos de manutenção e operação orientadores; falta do manual de procedimentos de emergência; problemas estruturais no tratamento preliminar; presença de jacarés nas lagoas de estabilização segundo o operador da ETE; acessibilidade difícil no tratamento preliminar (caixa de areia e caixa de gordura); problemas estruturais no tanque de chegada; falta de laboratório no local para as rotinas operacionais diárias; equipamento usado no tratamento preliminar danificado há 6 meses, forçando by-pass para a lagoa de estabilização; não segregação de resíduos no sistema preliminar (mistura de areia e material grosseiro); vazamento no tratamento preliminar; falta de registro de rotinas operacionais.
Além destes problemas, a fiscalização do órgão estadual na ETE POTECAS, constatou ainda: o armazenamento e a disposição inadequada de resíduos; a contaminação do solo por falta de impermeabilização nas lagoas de estabilização; a falta de queimador de gás metano proveniente da lagoa anaeróbia; a emissão de odores; a erosão no rio devido ao lançamento de efluente final da ETE; Espuma no efluente lançado no rio, indicando a presença de detergentes contaminantes do corpo receptor; ponto de lançamento dos efluentes finais sem capacidade para suportar a vazão da ETE;  falta do sistema de desinfecção final; o lodo residual biológico fica estocado dentro das lagoas, não havendo um sistema de tratamento do mesmo; a contaminação do corpo hídrico receptor e o parâmetro do efluente final que não atende as normas vigentes, o que acarretou a emissão dos autos de infração N. 447-D e 448-D, pela FATMA.
A ETE POTECAS foi construída há cerca de vinte anos, e a população local convive com os problemas relatados e o forte mau cheiro que atinge um raio de cerca de 5 km, decorrente da não conclusão das obras de cobertura dos tanques da estação.
Segundo a Associação de Moradores de Potecas, há dois anos a obra devia estar concluída, para a qual foram alocados cerca de R$ 5 milhões.


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